sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Terrário autossuficiente

Bióloga ensina como montar um terrário usando um pote de vidro
Um terrário fechado é a melhor opção para quem quer ter plantas em casa, mas não leva jeito para jardinagem. Depois de prontos, são como um ecossistema em miniatura: a água evapora e as plantas se mantêm sozinhas, não é preciso nem regar. As espécies mais indicadas são as suculentas e cactáceas, que necessitam de pouca água.
O único cuidado é deixar o recipiente num local fresco e com luz indireta, afirma a bióloga Daiana Gonzalo, professora do Senac. Abaixo, ela ensina como montar um terrário
1- Em um pote de vidro, coloque uma camada com dois dedos de cascalho médio. isso permitirá que a água escoe e não fique acumulada na terra, evitando que as raízes apodreçam

2- Jogue grãos de carvão ativado para evitar a proliferação de microrganismos, em seguida, forre com musgo desidratado, que vai ajudar a segurar a terra e fornecer material orgânico


3-  Acrescente uma camada de terra adubada e insira as plantas com ajuda de uma espátula. É preciso deixar um espaço entre elas. Depois, finalize a decoração com cascalho



4- Regue o suficiente para umedecer a terra e feche bem o pote para a água não evaporar



5- Para enfeitar, cubra a tampa com um retalho de tecido e amarre com um fio de juta



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O mundo perdeu 58% das populações de animais selvagens em 40 anos




O mundo perdeu 58% das populações de seus animais selvagens entre 1970 e 2012. Os dados são do relatório Living Planet Index, feito pelo Instituto de Zoologia de Londres em parceria com a World Wildlife Fund (WWF), que analisou mais de 3,7 mil espécies de pássaros, peixes, mamíferos, anfíbios e répteis.

O levantamento sugere que a atividade humana, a exploração de animais selvagens, a poluição e as mudanças climáticas sejam alguns dos fatores responsáveis pela queda.

Os pesquisadores preveem ainda que, se continuar nesse ritmo, o mundo terá perdido dois terços de seus animais vertebrados ao longo dos próximos quatro anos — algumas espécies de elefantes e peixes são a que mostram um ritmo mais acelerado de declínio.

Críticas:
Alguns especialistas questionaram os resultados encontrados pelas duas organizações. A principal crítica é o fato o número considerado para a análise corresponde a apenas 6% do número total de espécies verterbradas do mundo.

Em entrevista à BBC, Stuart Pimm, o professor de conservação ecológica da Universidade Duke, nos Estados Unidos, aponta para o fato de a maior parte das espécies consideradas serem europeias. "Não há quase nada da América do Sul ou da África", explica. "É um estudo com falhas." 

Confira o relatório completo: AQUI

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mata Atlântica teve área regenerada equivalente ao tamanho de São Paulo

Nos últimos 30 anos, houve uma redução de 83% do desmatamento do bioma.

7 dos 17 estados da Mata Atlântica já apresentam nível de desmatamento zero. | Foto: iStock by Getty Images
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgam nesta data avaliação inédita da regeneração da Mata Atlântica. O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma, identificou a regeneração de 219.735 hectares (ha), ou o equivalente a 2.197 km², entre 1985 e 2015, em nove dos 17 estados do bioma. A área corresponde a aproximadamente o tamanho da cidade de São Paulo.
Segundo os dados do Atlas, Paraná foi o estado que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 75.612 ha, seguido de Minas Gerais (59.850 ha), Santa Catarina (24.964 ha), São Paulo (23.021 ha) e Mato Grosso do Sul (19.117 ha).
Confira na tabela abaixo a regeneração ocorrida nos nove estados avaliados:
O estudo analisa principalmente a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Tal processo se deve tanto a causas naturais, quanto induzidas por meio do plantio de mudas de árvores nativas.
Nos últimos 30 anos, houve uma redução de 83% do desmatamento do bioma. De acordo com Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, sete dos 17 estados da Mata Atlântica já apresentam nível de desmatamento zero: “Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos. Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou decorre de iniciativas de restauração florestal, é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, observa Marcia.
Ao longo da história, a ONG foi responsável pelo plantio de 36 milhões de mudas de árvores nativas espalhadas pelo país, especialmente nas áreas de preservação permanente, no entorno de nascentes e margem de rios produtores de água, além de restaurar uma área em Itu, uma antiga fazenda de café, que hoje é destinada para atividades relacionadas a questões de conservação dos recursos naturais e restauração florestal.
“Durante o monitoramento, constatou-se a existência de outras áreas ocupadas por comunidades de porte florestal em diversos estágios intermediários de regeneração, áreas essas que devem ser mapeadas e divulgadas em futuros estudos”, esclare Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE.
Este estudo foi realizado com o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan. A análise se baseia em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8. O Atlas utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e de geoprocessamento para monitorar remanescentes florestais acima de 3 ha.
Confira o mapa das áreas regeneradas: