sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Parque Nacional da Serra dos Órgãos completa 74 anos


Em comemoração ao 74° aniversário de sua fundação, o PARNASO esta trazendo uma programação especial e gratuita!

Abaixo pode ser visto o convite do evento, que está disponível no site do parnaso

convite Parnaso
FONTE: http://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/destaques/137-aniversario-do-parque.html


Não deixe de conferir, antes de fazer sua visita, o nosso Guia Didático do PARNASO da trilha do Poço Verde, em Guapimirim/RJ, clicando AQUI 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Menos computadores, mais brincadeiras ao ar livre


"Preocupada com o sedentarismo das novas gerações, Inglaterra lança campanha nacional para convencer as crianças a passarem mais tempo em contato com a natureza"

Pausa selvagem: ‘The Wild Network’ quer pelo menos meia hora por dia de brincadeiras na natureza Latinstock

RIO - A maior iniciativa já realizada na Inglaterra para reaproximar as crianças da natureza. Assim pode ser definido o ambicioso projeto da “The Wild Network”, uma colaboração que reúne 400 organizações, entre escolas, grupos de escoteiros, empresas, ativistas e ambientalistas. Todos em torno do mesmo objetivo: convidar as crianças a trocar as telas do computador e da TV por brincadeiras ao ar livre.

Lançada no mês passado, a campanha estimula a adoção de atividades tradicionais, mas cada vez menos praticadas pelas novas gerações, como acampamentos.

- A trágica verdade é que bastou apenas uma geração para que as crianças perdessem o contato com a natureza e o ar livre - disse à “BBC” Andy Simpson, presidente da associação. - O tempo que se gasta ao ar livre está diminuindo cada vez mais, as brincadeiras estão em declínio e a habilidade de identificar as espécies foi perdida. 

Pais também contribuem

Para as autoridades inglesas, sobram evidências sobre os efeitos negativos de uma infância sedentária. Um relatório do National Trust (organização dedicada a preservar as riquezas culturais e ambientais do país) indica que o “déficit de natureza” é “dramático” para a saúde e a educação delas. Segundo a associação, o tráfego cada vez mais intenso e a atração por telas digitais são fatores decisivos. Mas o nível de estresse e ansiedade dos próprios pais também contribuem. Há indícios de que este déficit seria pior no Reino Unido do que em outros países europeus, explicando assim os baixíssimos índices das crianças britânicas em pesquisas de satisfação.

“Isso está mudando a maneira como as crianças crescem e veem o mundo”, escreveu o naturalista Stephen Moss, um dos autores do relatório do National Trust.

A distância percorrida pelas crianças em brincadeiras fora de casa diminuiu 90% em 30 anos, e o tempo gasto teve uma queda de 50% em apenas uma geração. Por outro lado, estudos nos últimos anos mostram que o tempo na natureza aumenta a felicidade, saúde e qualidade de vida dos seres humanos. Nesse caso, as gerações futuras têm tudo para se tornarem adultos ainda mais sedentários - e insatisfeitos - que os de hoje.

Para a “The Wild Network” bastariam 30 minutos diários de brincadeiras para os menores de 12 anos aumentarem seus níveis de aptidão física e melhorarem seu bem-estar. É o que eles chamam de “pausa selvagem”. A campanha foi lançada junto com um documentário, que conta a história de um pai preocupado que as horas de vigília de seus filhos estão sendo “dominadas por uma cacofonia de marketing, e uma dependência por computadores que ameaça transformá-los em zumbis”.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Nova espécie de tubarão-martelo é descoberta nos Estados Unidos

"Espécie foi chamada de 'tubarão-martelo Carolina'. Externamente, animal é idêntico ao tubarão-martelo que já era conhecido."

Imagem de tubarão-martelo comum, o Sphyrna lewini (Foto: Barry Peters/ Wikimedia Commons)
Imagem de tubarão-martelo comum, o Sphyrna lewini, que é externamente igual à nova espécie Sphyma gilberti (Foto: Barry Peters/ Wikimedia Commons)





Uma equipe de cientistas da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, descobriu nova espécie de tubarão, batizado de Sphyrna gilberti, ou "tubarão-martelo Carolina". Segundo os pesquisadores, a espécie demorou muito tempo para ser descoberta porque é muito parecida com o conhecido tubarão-martelo (Sphyrna lewini), praticamente indistinguível externamente.

Ao examinar as coletas de tubarões-martelo feitas na costa do estado americano, a equipe percebeu que a espécie analisada, na verdade, tinha duas assinaturas genéticas diferentes, tanto nos genomas mitocondriais quanto nos nucleares.

A partir de pesquisa em literatura, descobriram que em 1967 havia sido descrita um exemplar anormal de tubarão-martelo, que tinha 10 vértebras a menos. O exemplar, que estava no Museu de História Natural da Flórida, foi examinado pela equipe.

Pela análise de sua estrutura física, a equipe concluiu que se tratava de uma espécie diferente, mas fisicamente quase indistinguível da espécie comum.

A equipe publicou a evidência genética em 2006 e seguiu adiante com a pesquisa. Fez medições de 24 S. lewini e 54 exemplares da nova espécie, para finalmente descrevê-la neste ano. A diferença morfológica da nova espécie são as 10 vértebras a menos.

Ela foi batizada de S. gilbert em homenagem a Carter Gilbert, ex-curador do Museu de História Natural da Flórida que havia feito a primeira descrição.

Segundo Joe Quattro, que liderou as pesquisas, a população de tubarão-martelo diminuiu muito nas últimas décadas, mas não é possível saber o quanto foi reduzida a população da espécie S. gilbert, já que até então ela não era conhecida.

A equipe também estabeleceu locais e assinaturas genéticas para diferentes espécies de peixes encontradas nos rios da Carolina do Sul, estuários e águas costeiras.

FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/11/nova-especie-de-tubarao-martelo-e-descoberta-nos-estados-unidos.html








terça-feira, 5 de novembro de 2013

[Museu nacional da UFRJ] "Para aproximar museus do público infanto-juvenil"

Vinicius Zepeda

Divulgação/PUC-Rio
"O interesse que a princesa Leopoldina nutria pela botânica
 é tema de uma das animações desenvolvidas pelo projeto"

"No Egito Antigo, os gatos eram tratados como verdadeiros deuses. Além de belos, ágeis e astutos, eram grandes caçadores... Suas presas eram cobras, pássaros e ratos, que atacavam as plantações e destruíam tudo. Com isso, conquistaram a simpatia dos egípcios, que resolveram conceder-lhes uma honra antes limitada apenas aos humanos: a mumificação." A narrativa é parte da história O gato múmia, animação de cerca de um minuto, produzida para ressaltar a coleção de múmias de gatos disponível no Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O filme é uma das vertentes de um projeto de uso de recursos de mídia digital para museus do Rio, sob a coordenação geral de Jorge Roberto Lopes dos Santos, professor e pesquisador do Departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). A iniciativa conta com auxílio do edital Prioridade Rio, da FAPERJ.

Jorge Lopes, que é também pesquisador colaborador do Museu Nacional, conta que a ideia surgiu quando resolveu levar seus alunos de graduação da PUC-Rio para conhecer as coleções do museu. "A partir daí, os estudantes pensaram em utilizar animações como forma de transmitir informação científica aos jovens, principalmente às crianças", lembra Lopes. Ele explica o porquê e a importância de empregar recursos de mídia digital como forma de atrair a curiosidade dos jovens, aumentar o público frequentador e transmitir mais informações aos visitantes. "Acostumados a acessar muitas informações textuais e de imagens pela internet, os jovens veem os museus expositivos como algo antigo, do passado, e não se tornam frequentadores somente por causa de uma visita escolar obrigatória. Daí a importância da tecnologia para atrair sua atenção", explica Lopes. Em sua opinião, no caso do público infantil, a animação é fundamental. "As informações disponíveis nas peças de um museu expositivo, como é o caso do Museu Nacional, não são um material que desperte a curiosidade das crianças. Neste ponto, a animação se torna um ótimo instrumento para permitir acesso a essas informações", explica.


Divulgação/PUC-Rio 
"Estudantes desenvolvem aplicativo para leitura de QRCode 
com informações sobre algumas peças do Museu Nacional "



Além de O gato múmia, os estudantes da PUC-Rio elaboraram um projeto de produção de mais nove animações curtas, de um minuto, sobre peças da coleção egípcia. Também no museu, outro grupo vem desenvolvendo um aplicativo para leitura de QRCode – código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que tenham câmera fotográfica; decodificado, esse código passa a ser um trecho de texto ou linkque redireciona o acesso ao conteúdo publicado em algum site –, com informações mais detalhadas sobre as obras do acervo para tablets, smartphones e outros dispositivos móveis. "E, ainda em fase inicial de desenvolvimento, o projeto Rever Vargas criará também um aplicativo para dispositivos móveis, com informações históricas e geográficas que reconstituem o mês que antecedeu o suicídio de Getúlio Vargas", completa.

Como responsável pela coordenação geral, Jorge Lopes divide a função com outros professores do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio: Claudia Bolshaw, do Núcleo de Arte Digital e Animação (Nada), responsável por coordenar o trabalho dos alunos no trabalho de animação, e João Bonelli, do Laboratório de Interfaces Físicas Experimentais (Life), que supervisiona o desenvolvimento dos aplicativos para dispositivos móveis. "Vale destacar que, apesar de nossa supervisão e orientação, essas iniciativas foram propostas e vêm sendo desenvolvidas pelos alunos de graduação da universidade", destacam os professores.


FOTO: Weiller Filho 
Jorge Lopes: uso de mídia digital
para atrair juventude ao museu

No caso das animações, Claudia Bolshaw explica que, além de O gato múmia, já pronta e disponível no espaço de exposições do Museu Nacional, acionado por tablet, mais quatro animações estão sendo finalizadas e estarão em fase de testes até dezembro. "Cada aluno, que dirigiu uma dessas desenhos, foi também responsável por conversar com os pesquisadores para ajudar na elaboração do roteiro", afirma Claudia. A primeira animação fala sobre Sha Amoun Em Su, antiga cantora lírica da corte egípcia, que foi mumificada e adquirida para a coleção do imperador brasileiro Pedro II. A segunda aborda as cartas que a princesa Leopoldina escrevia para o imperador austríaco Francisco I, demonstrando seu interesse por botânica. A descoberta astronômica mais importante durante o reinado, um meteorito que demorou cem anos para ser achado onde hoje é o estado da Bahia é o tema de Bendengó, animação que inclui ritmos do repente e diversos elementos da cultura nordestina. O quarto desenho, A história de Max e Sam, aborda a aventura de dois diferentes dinossauros durante a pré-história. "Vale destacar que a opção por produzir animações de um minuto, todas terminadas com a frase ‘Você encontra na coleção do Museu Nacional’, foi para que, além de servir como estímulo para crianças e jovens conhecerem as obras do local, também possam ser usadas como comerciais para a televisão", completa.

Já João Bonelli, que responde pela supervisão do desenvolvimento dos aplicativos para dispositivos móveis, explica que, graças aos recursos da FAPERJ, pôde obter dois computadores MAC, com monitor Full HD, além de tablets para equipar o Laboratório de Interfaces Físicas Experimentais (Lire), sob sua responsabilidade. "Este espaço é uma iniciativa inédita no país. Aqui os estudantes de graduação estão aprendendo programação voltada para design de aplicativos para dispositivos móveis, área que tem ficado restrita aos estudantes de computação", afirma Bonelli, com entusiasmo. Segundo ele, até o final de dezembro, o aplicativo para leitura de QRCode, batizado de ArtScan, já estará disponível para testes no Museu Nacional. "Qualquer pessoa, com um celular, tablet ou smartphone poderá ler o código. E ainda disponibilizaremos tablets para que os visitantes possam acessar as informações", conclui.